“Queremos conseguir parceiros como Iberia ou Renfe”

Civitatis tem planos de crescer em 2023. Depois de resistir ao ataque da pandemia, a plataforma de origem espanhola dedicada a viagens e excursões turísticas comece o ano com quase o dobro de trabalhadores com que concluiu 2019. Um crescimento que, como explica o seu CEO e fundador, Alberto Gutiérreztem a ver com a expansão realizada durante os dois anos de ‘hit’ no turismo.

“Durante a pandemia, continuamos trabalhando em busca de novos fornecedores, destinos, passeioscolaboradores… e isso tem feito Desde que começou, triplicamos nosso catálogo de produtos“, diz Gutiérrez em conversa com Vozpopuli. Não é à toa que a empresa já colabora com a maioria das agências de viagens da Espanha e busca fechar alianças com grandes operadores turísticoscomo o assinado recentemente com a companhia aérea colombiana Avianca. Por meio deste acordo, fechado em meados de dezembro após três anos de negociações, a Avianca oferecerá a seus clientes a possibilidade de reservar dentro do catálogo da plataforma espanholaque oferece mais de 75.000 atividades turísticas em todo o mundo.

Uma aliança que a Civitatis procura replicar com grandes empresas tanto do setor das companhias aéreas como da ferrovia. “Um dos nossos focos para o próximo ano é conseguir mais parceiros como a Avianca. Não é fácil nem imediato, porque são marcas muito grandes, mas procuramos conversar com Iberia, Air Europa, Renfe… ou Latam Airlines“, resume o CEO da empresa.

É uma expansão que os fundos de investimento também veem como possível. Em abril deste ano, a Civitatis deu entrada em seu capital ao fundo britânico Parceiros Vitruvianosque investiu mais de 100 milhões de euros para alimentar o seu crescimento. “Acreditamos que a Civitatis tem uma grande oportunidade de acelerar ainda mais seu crescimento internacional e fortalecer sua posição como plataforma líder de experiências turísticas em todo o mundo”, explicou na ocasião. Sophie Bower-Straziotasócio do fundo.

Questionado sobre sua situação no final do ano, o CEO da Civitatis não tem dúvidas. “Nós somos muito melhor do que antes da pandemia. Em novembro movimentamos o dobro de pessoas e, em vendas, este mês estamos entre 70-80% a mais do que antes da pandemia”. Se a plataforma fechou 2019 com 3,6 milhões de clientes, este ano planeja fazê-lo com mais de 7 milhões, resultado da forte recuperação turística verificada após a Páscoa.

Embora Gutiérrez evite fazer referência às suas contas no final do ano, o buffer da entrada da Vitruvian Partners e o aumento dos destinos da plataforma dão à empresa um impulso para crescer também em 2023. “Nosso principal mercado continua sendo a Espanha, mas ano que vem vamos aumentar nosso crescimento em mais um mercado. América Latina, Itália, França…”, ele lista, e resume: “Já temos mais de 3.000 destinos em mais de 160 países”.

Civitatis e aumento de preços

Olhando para 2023, haverá aumentos de preços nas excursões e visitas guiadas oferecidas pela plataforma? “Nós somos uma Mercado. Definimos os mesmos preços que o fornecedor. É verdade que se em algum percorrer o fornecedor diz-nos que passamos de 30 para 45 euros, por exemplo, analisamos o mercado para ver como está o resto”, explica: “Em produtos chave (onde há mais concorrência) estamos muito atentos”.

No que diz respeito ao emprego, a Civitatis tem algumas 200 trabalhadores próprios em Madrid, onde está localizada sua sede e a única loja física que a empresa possui, localizada na rua Montera na capital. “Em 2019 éramos cerca de 100 a menos. Estamos incorporando cerca de 4 ou 5 pessoas por semana, quase todas na área de operações”, explica o fundador da empresa. Além disso, a plataforma conta com um escritório de atendimento em Lima (Peru).

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