Boas notícias para o turismo. Depois de alguns anos muito complicados para o setor, conseguiu finalmente consolidar a sua recuperação pós-pandemia e gerou 23.561 milhões de euros no terceiro trimestre de 2023, mais 12,1% do que no mesmo período do ano passado. Isto fica claro tanto no balanço anual do turismo do Observatório Nacional do Turismo Emissor, ObservaTUR, como no Inquérito ao Turismo Residente do terceiro trimestre do INE, ambos relatórios apresentados esta quinta-feira.
“Se no relatório anterior já disséssemos que a recuperação da indústria do turismo e viagens estava prestes a ser consolidada, neste novo estudo os agentes de viagens e especialistas reafirmam nesta nova edição que a constatação baseada nos dados que foram registados no ano 2023, que Eles tocam (e em certos casos excedem) os números anteriores à emergência sanitária“, lê-se no documento do ObservaTUR, no qual se faz o balanço do ano e se analisam as previsões dos turistas nacionais para o ano novo e para a época de inverno, bem como as estimativas de negócios tratadas pelas agências de viagens.
Os dados do INE corroboram. Os residentes em Espanha realizaram 60,6 milhões de viagens no terceiro trimestre de 2023, 6,7% a mais que no mesmo período de 2022. Os gastos totais, como observamos, aumentaram 12,1% em relação ao mesmo período de 2022. Especificamente, em viagens para como destino nacional, os gastos totais aumentam 10,2% e nas viagens ao exterior 16,5%. Além do mais, O gasto médio diário é de 52 euros nas viagens para destinos internos e 104 euros nas viagens para o estrangeiro.
Previsões para o turismo em 2024
Olhando para o ano que está prestes a entrar, especialistas e agências têm boas previsões. Acreditam que o turismo, ao longo de 2024, ganhará um novo impulso e continuará a ser, se nada o impedir, o ‘motor’ da economia nacional, em termos de riqueza nacional e criação de emprego.
Os dados, aliás, corroboram este optimismo, que, sim, é contido, uma vez que os profissionais e mecenas do Observatório conhecem bem as situações que podem condicionar a sua dinamização. O principal risco percebido pelas agências de viagens para os próximos meses é o aumento dos preços, visto que é classificado como ameaça por 82% dos profissionais consultados.
O problema da sobrelotação turística só é percebido como tal por 16% dos profissionais do canal, e metade destes, além disso, considera que é necessário e urgente que sejam tomadas medidas.